Tomb Raider: A Origem (2018)

Mais uma adaptação. Desta vez, com o peso de limpar a péssima imagem que ficou no passado. Com dois filmes pavorosos protagonizados por Angelina Jolie, Tomb Raider já chegou com desconfiança. Porém, assim como no reboot que ela recebeu no mundo dos games, o resultado foi acima do esperado.

Aos 21 anos, Lara Croft (Alicia Vikander) leva a vida fazendo entregas de bicicleta pelas ruas de Londres, se recusando a assumir a companhia global do seu pai desaparecido (Dominic West) há sete anos, ideia que ela se recusa a aceitar. Tentando desvendar o sumiço do pai, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa.”

Tomb Raider: A Origem (2018)

Uma boa aventura

A aventura começa mostrando um pouco do dia a dia da jovem Lara Croft, que leva uma vida normal e longe da fortuna do pai. Podemos ver de cara um pouco de sua personalidade. Determinada e por vezes teimosa, ela luta todos os dias contra o passado que insiste em renegar. Esse primeiro arco segue de forma rápida, honesta e nada cansativo. A profundidade da personagem (que não é tão grande assim) se desenvolve ao longo da aventura, sem forçar. Facilmente criamos empatia por ela, com grandes méritos para corretíssima atuação de Alicia Vikander.

Falando da aventura em si, nada de muito inédito. Um vilão que trabalha pra um grande organização, um tesouro/artefato/relíquia para ser descoberto, enigmas e prisioneiros que se rebelam. Nada que não tenhamos visto em Indiana Jones, por exemplo. Mas Tomb Raider consegue transitar por isso sem apelar para clichês muito batidos. Existem poucos plots, é verdade, mas que são bem agradáveis e levantam o filme. A quase ausência de alívios cômicos também faz com que o filme ganhe um ar mais sério, sem soar forçado.

Quase um game encenado

No que tange adaptação, Tomb Raider é fantástico para os fãs. Muitas (mesmo!) cenas são identicas ao game, até em suas tomadas de câmera e expressões faciais de Lara. Ta certo, em muitos momentos isso pode jogar contra o filme, tirando muito da personalidade do mesmo. Mas eu não achei ruim, gostei de verdade. As cenas de ação são excelentes, assim como no game. O diretor Roar Uthaug (A Onda, 2016 – Noruega) consegue mesclar bem sua refinada técnica de cortes de câmera com cenas que remetem diretamente ao game. Essa mescla poderia ser ainda mais intensa, mas mesmo assim ficou bem acima da média se comparado a outras adaptações.

Fora isso, o figurino e os cenários te transportam para o game com muita facilidade. Se você (assim como eu) jogou o game lançado em 2013, certamente abrirá largos sorrisos em vários momentos.

O que achamos de Tomb Raider : A Origem?

O filme cumpre muito bem o seu papel. É uma adaptação digna, com atuações corretas e boas cenas de ação. Diverte bastante, assim como o game. A ausência de alívios cômicos, neste caso, joga à favor do filme, dando um certo ar de seriedade. Alicia Vikander traz uma Lara Croft teimosa, determinada mas extremamente insegura em alguns momentos, assim como no game. Um bom recomeço para a personagem na grande tela.

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