Star Wars: Os Últimos Jedi

Já se passou uma semana desde o lançamento do novo Star Wars e o oitavo episódio da franquia mais aclamada do cinema divide opiniões. Do amor ao ódio, muitos foram os comentários desde que a primeira sessão foi exibida.

Eu aguardei esse tempo de uma semana propositalmente. Não venho aqui escrever mais uma crítica/review/resenha. Existem muitas já. Vim aqui debater os motivos pelos quais considero “Os Últimos Jedi” como o melhor filme da saga Star Wars desde “O Império Contra-Ataca”. Acalma o coração e vem comigo.

Coragem de Rian Johnson

Confesso que quando soube que Rian Johnson dirigiria o Episódio VIII, eu fiquei levemente receoso. Não era grande fã do trabalho do diretor e tinha medo de ele vir cheio de amarras e medos dirigir (e roteirizar) uma franquia do tamanho de Star Wars. Mas graças a Yoda, ele me surpreendeu positivamente.

A coragem de Rian Johnson no roteiro é latente. Nada daquele vilão clássico, centrado. Nada daquela heroína que estufa o peito e vai, enfrentando todos os medos e receios. Temos dois jovens, Kylo e Rey, incertos de suas decisões e querendo achar suas próprias motivações dentro de tudo aquilo. Temos coadjuvantes tentando atos heroicos impensados e falhando na maioria deles. E, acima de tudo, temos pés no chão. Nunca um filme da saga foi tão centrado em mostrar o lado mais “humano” de seus personagens.

Star Wars Episódio VIII | Os Últimos Jedi

Isso tudo que disse acima poderia ser um tiro no pé. Ao bancar isso, Rian se pôs como um escudo na frente de fãs xiitas e ensandecidos que não aceitam que mexam em sua “religião”. Mas ele acertou. Os Últimos Jedi é um filme perfeito para se iniciar um novo ciclo. Para mostrar que o universo de Star Wars não se limita a família Skywalker e que a força se encontra verdadeiramente no mundo, podendo qualquer um usa-la. Alguns terão mais esse “dom” que outros, mas o ciclo não se acaba.

O melhor de Luke Skywalker

Acho que um dos pontos mais polêmicos citados por quem não gostou do filme é a forma como Luke Skywalker aparece. O herói da trilogia clássica, destemido corajoso se mostra um velho “covarde”, segundo esses fãs. Eu discordo com veemência.

Mark Hamill nos entrega sua melhor atuação (de longe) à frente do agora mestre Jedi. Um Luke que se isolou e abdicou do uso da Força, se ausentando dos conflitos. Enquanto treinava Kylo Ren (então Ben Solo), Luke percebe o futuro maligno por trás do garoto e tenta mata-lo, na calada da noite com um lightsaber. Ora, mas como ele poderia fazer isso? Isso não é atitude de herói! Calma lá, tem muita lógica essa cena.

Star Wars Episódio VIII | Os Últimos Jedi

Luke passou por todas as provações possíveis. Lutou, correu risco de morrer e perdeu pessoas queridas justamente porquê um Jedi super poderoso migrou para o Lado Negro e ninguém impediu que isso ocorresse. Luke teme pelo futuro. Quanto mais sábio, mais à frente se vê e mais receoso se fica. A sabedoria é um dom e uma maldição. Sabendo disso, Luke tenta cortar o mal pela raiz.

Rian Johnson aqui finca os dois pés no chão e mostra um Luke relutante como mestre Jedi mas um defensor incurável da Força. A empolgação com a qual ele explica o significado da Força para Rey é belíssima. Aliás, essa foi a melhor definição/tratamento da Força em um filme da franquia, tirando toda aquela mística de que a Força está dentro de cada Jedi. E o desfecho meus amigos, me arrancou lágrimas dos olhos.




A Ascensão de Kylo Ren

Kylo Ren se mostrou um jovem inseguro, incompleto e cheio de dúvidas no episódio VII. Isso poderia se tornar um grande problema ao longo da trilogia, visto que a antipatia, muito pelo costume de associar a imagem dele ao Vader, era grande. Mas Rian Johnson acerta mais uma vez.

Toda a insegurança de Kylo é usada à favor do roteiro. High Quality Slot Games At OnlineCasino, you’ll find a unique experience that feels much more like playing online slot games in a real clickmiamibeach.com land based casino. Quando Rian resolve trazer um universo mais humano, mais “imperfeito” e menos polarizado, toda a instabilidade do jovem Sith contribui. Não temos um vilão de puro ódio desenfreado como Vader. Aliás, Vader nunca foi o principal vilão. Ele era um grande Leão de Chácara do Imperador e isso é muito visível em todos os filmes. Kylo também o é de Snoke, mas se revolta à tempo.

A cena em que Kylo mata Snoke é um divisor de águas no que tange direcionamento da trilogia. Com um líder extremamente forte mas muito passional, as ações da Primeira Ordem tendem a ser mais intensas e menos pensadas. Kylo é movido pela raiva e pela insegurança. Rey não esta completamente pronta para enfrenta-lo, mas é a única (a princípio) que pode faze-lo.

Renovação do universo Star Wars

Star Wars sempre foi cíclico. Ciclos idênticos e contínuos que eram grandes fan services, o famoso “time que está ganhando não se mexe”. Rian Johnson mostrou que se mexe sim. Aonde se ganha por 1×0, facilmente podemos ganhar de 2, 3 se mexermos corretamente. E ele foi premiado por sua ousadia.

Star Wars Episódio VIII | Os Últimos Jedi

Mexer em Star Wars é como mexer num vespeiro. Os ataques serão certos, independente dos seus acertos. A forma como ele transformou o universo possibilitou a continuidade da franquia sem as amarras da família Skywalker. Ao mostrar que Rey era filha de “ninguém” e foi trocada por garrafas de bebida, ele mostra que a Força está em todos nós, basta termos dom pra senti-la. E mesmo você tendo “sangue Jedi” (como Kylo), não é garantia de sabedoria e maestria em manipula-la.

O Episódio VII, muito bem dirigido por J.J. Abrams, deixou tudo pronto para que Rian Johnson fizesse esse plot no universo da franquia. Tanto foi que muita gente já reclamava que Kylo era muito diferente de Vader e Rey era muito diferente de Luke. E certamente por isso alguns não gostaram do direcionamento que a franquia tomou. Esperavam que isso fosse “consertado” nesse filme (mesmo eu achando que nada estava errado, muito pelo contrário).

Resumo Final

Star Wars: Os Últimos Jedi é um filme corajoso e genial. Rian Johnson entendeu perfeitamente o que esse universo (já cansado) precisava, foi lá e fez. Respeitando o passado e todas as mensagens que Star Wars sempre trouxe, manteve o tom de fé e esperança mesmo fincando os pés no chão. Uma obra de arte que com certeza vai demorar a ser compreendida e valorizada como se deve. Mas a Força estará sempre com ela.

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