Todos nós, fãs de cinema, temos nossas franquias e filmes favoritos. Senhor dos Anéis, Matrix, Alien, Rocky, Rambo…São filmes que vemos centenas de vezes sem enjoar, sempre se empolgando com as cenas. Decoramos falas, cenários e curiosidades sobre o mesmo. Mas com Star Wars é completamente diferente. Ainda mais em O Despertar da Força.
O fantástico universo criado por George Lucas ultrapassa todas as barreiras de devoção, admiração e fanatismo. Star Wars beira a religião. E daquelas mais xiitas, com devotos tão fieis que são capazes de matar ou morrer pelo deus Skywalker. Eu não chego ao extremismo religioso, mas confesso ser um profundo admirador e fã desse universo. Tudo que envolve Star Wars me encanta e me arranca sorrisos fáceis. Desde que vi os primeiros filmes, quando ainda era um pequeno padawan, nunca mais esqueci. Foi ali o start para uma vida de admiração da sétima arte e de universos fantásticos.
Quase 40 anos após o inicio da franquia no cinema, Star Wars está de volta. Confesso que, quando o filme foi anunciado (e o melhor, com o grande J J Abrams na direção), minha empolgação chegou a níveis insalubres. Pouquíssimas vezes aguardei tanto a estreia de um filme como dessa vez. Meses intermináveis, trailers, especulações sobre a história e uma verdadeira batalha para fugir dos malditos spoilers, pois como todo brasileiro de classe média sofredora, eu trabalho até bem tarde e não tive como ir à pré-estreia (nem na estreia), indo somente no sábado dia 19/12.
Na fila para a sessão, confesso que esperava ainda muita gente fantasiada, com camisetas temáticas da série e coisas do tipo. Vi bem pouco, não sei se foi por conta de já ser o 3º dia de exibição ou por não ter ido à um cinema de um shopping tão concorrido (apesar da sala ser excelente, em 3D e com tela gigantesca). Porém, eu observei muita gente ansiosa na fila, inquieta para o horário do filme. Bacana foi ver também pais levando seus filhos com 11, 12 anos para assistir, com orgulho. Star Wars nunca teve idade e sempre foi passado de geração para geração e pode-se ver isso em cada sessão que o filme é exibido.
Acho meu lugar, sento e aguardo o filme começar. Cada segundo dura uma eternidade. Alguns trailers passam e confesso que lembro bem pouco deles, tamanha a tensão que estava para começar logo a atração principal. As luzes se apagam e uma mistura de euforia, empolgação, nostalgia e agradecimento tomam conta do cinema. As letras clássicas subindo na tela, o tema…é tudo muito fantástico. Confesso que os olhos ficaram marejados já no inicio do filme, mas muita coisa ainda estava por vir. As mais de duas horas de projeção me levam diretamente pra infância, mostrando o quão poderoso é esse universo.
Ver novamente a jornada clássica do herói ser contada, com outros (excelentes) protagonistas, com o “bastão” sendo passado pelos heróis do passado é de encher o peito de alegria. Tudo com muito respeito aos fãs antigos sem deixar de ser um deleite para quem não conhecia nada da saga. As referências são milhares e os fãs aproveitam cada uma delas além do filme em si. Uma cena atrás da outra que me fazem pular da cadeira, respirar fundo e abrir largos sorrisos. Um brilhante trabalho de J.J. Abrams no que tange ritmo, respeito e reverência a uma obra praticamente perfeita. Todos os elementos clássicos estão lá, tratados de forma extremamente cuidadosa, com o esmero que todo fã queria. Obviamente muitos mistérios ficaram para os filmes subsequentes, para que todos especulem, pensem, criem teorias…como a 38 anos atrás. Fiquei grudado na cadeira com os créditos do filme passando na tela, sem conseguir levantar. Só o fiz quando as luzes se acenderam, ainda incrédulo que estava vendo a história ser escrita novamente.
Resumo final
Como fã, digo que Star Wars Episódio VII é perfeito, nos mínimos detalhes. Do saudosismo ao ritmo, das referências aos novos heróis. Tudo se encaixa perfeitamente como todo fã da série sonhou. Creio que nenhum fã saiu insatisfeito do cinema ou achando o filme somente “legal”. Pelos olhos vermelhos, muita gente me acompanhou nas lágrimas em vários momentos. A força realmente despertou meus amigos. Muito obrigado J.J. Abrams.
Ps: Não percam a matéria especial que saíra no site nos próximos dias, escrita pelo stormer Saulo Martins.
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- 22 de dezembro de 2015