MSI 2017 | Palpites para Semifinais

Para os desinformados de plantão: está rolando aqui no Brasil o Mid Season Invitational (MSI), de League of Legends. Esse campeonato reúne os melhores times das ligas regionais espalhadas pelo mundo.

Em maio, teremos as partidas decisivas entre os quatro semifinalistas, disputados no formato “melhor de 5” (md5). Mas quais são os favoritos? Pode pintar alguma zebra? Justamente sobre isso que vim falar aqui com vocês.

Team WE (China) contra G2 eSports (Espanha)

Representando a liga LPL, a chinesa Team WE vem com uma composição extremamente sólida e entrosada. Apesar de ser uma equipe considerada emergente no cenário (mesmo tendo sido fundada em 2011), o nível altíssimo de jogo em todas as lanes faz com que eles normalmente ditem o ritmo das partidas, tanto em rotações quanto em objetivos. Já representando a EU LCS, os espanhóis da G2 vem com a bagagem de campanhas sólidas e constantes presenças nos principais campeonatos nos últimos anos. Apesar de ter oscilado bastante, o time europeu conta com o sempre inspirado atirador Zven para surpreender os favoritos chineses.

Na minha singela opinião, o confronto mais parelho dos dois. De um lado, um time chinês cirúrgico, que espera o momento certo para acabar com o jogo. Porém, vai enfrentar uma equipe que pune demais erros e normalmente gosta de ditar o ritmo. A G2 tem seu padrão de jogo e dificilmente se permite sair dele, forçando a equipe adversária a “dançar conforme a música”. Com isso, acho que os espanhóis podem levar vantagem num confronto longo como uma Md5. O time chines deverá se preocupar muito com a proteção dada ao atirador adversário, que se não for neutralizado com eficiência, será um enorme problema e pode ser o contra peso do confronto.

SKT T1 Telecom (Coréia) e Flash Wolves (Taiwan) se enfrentam em League of Legends

Já é um clássico, em League of Legends, um confronto entre os gigantes da SKT contra a Flash Wolves. Mas, dessa vez, é um pouco diferente. Quando se enfrentaram (com surpreendentes vitórias dos taiwaneses), as partidas foram em md1, onde não se dá chance para erros e tudo pode acontecer. Agora, numa Md5, a grande expectativa fica em cima do desempenho da Flash Wolves contra Faker e companhia.

A SKT é, sem sombra de dúvidas, o time a ser batido. Com excelentes jogadores em todas as rotas, os coreanos tem uma incrível adaptação a quase qualquer tipo de jogo. Além disso, um psicológico quase inabalável os faz manter a tranquilidade mesmo muito atrás na partida.

O grande problema de enfrentá-los é que qualquer jogador pode desequilibrar, mas o foco acaba sempre sendo a lenda viva Lee “Faker” Sang-hyeok. Sua champion pool é quase inacreditável (no primeiro split, ele usou 9 campeões diferentes!) e ele tem facilidade de impactar no jogo mesmo sob pressão. Porém Bang (atirador), Huni (top) e Peanut (jungle) são extremamente letais se deixados com liberdade.

A favor da Flash Wolves, temos o histórico de confrontos e a insanidade que ela implementa no inícios dos jogos. Forçam jogadas incomuns, adiantam o jogo o máximo possível, criando vantagem cedo para seus carrys, e muitas vezes, irreversível. O cenário muda um pouco na md5, onde a estratégia adotada tem que ser muito mais ampla e diversificada. E nesse campo os coreanos levam ampla vantagem pelo domínio de mapa e objetivos que eles possuem.

Espero um confronto duro e surpreendente, mas é quase impossível não apostar na SKT.

Se vocês quiserem saber o motivo pelo qual não temos um representante brasileiro nas finais, ouçam o StormCast #17, onde debatemos o desempenho dos times brasileiros em competições internacionais clicando aqui.