Mais um ano de Copa do Mundo caros amigos. E sim, mais um ano que a EA Sports lança o game oficial do evento. Eu sei, muitos dirão que o jogo é “caça níquel”, que poderia ser lançado uma DLC como foi o game oficial da Eurocopa (o qual o modo online era pavoroso) ou até mesmo que o jogo é desnecessário, vide que perde todo o valor após a Copa (o que eu discordo veementemente). O jogo poderia ser tudo isso. Poderia. Mas o que vi na versão demo passa longe de um mero “FIFA 14 de seleções”.
A mesma engine…ou quase
Primeiramente, vou salientar que sou “Fifeiro” desde a versão 2010, para PS3/XBOX 360. Antes disso, no PS2 e PS1, era adepto do Pro Evolution Soccer, PES para os íntimos. Relutei bastante em trocar de game de futebol, mas vendo toda a galera que jogava PES comigo migrar pro game da EA, fui “forçado”. E não me arrependo nem um pouco. Haters gonna hate.
FIFA World Cup 2014 usa a mesma engine de FIFA 14, chamada EA Ignite. Espere a mesma liberdade de movimentação dos jogadores, o mesmo sistema de marcação e resposta de comandos afiados. De cara, vemos o novo menu e layout, todo inspirado no Brasil. As fontes, o colorido (muito bonito por sinal) e as músicas remetem a nossa pátria (não tão) amada. O único modo de jogo disponível é o “kick off”, vulgo amistoso. Estão disponíveis 8 seleções: Nova Zelândia, Austrália, Japão, Costa do Marfim, Brasil Inglaterra, México e EUA. Escolhi, para um primeiro amistoso, jogar com o Brasil contra a Inglaterra e notei algumas diferenças assim que a bola rolou.
O jogo em si está levemente mais rápido e fluído, com a bola rolando mais “solta”. Os lançamentos com L1 + triângulo (no Xbox 360 LB +Y) ficaram nitidamente mais difíceis de serem executados. Com freqüência você lançará curto ou longo demais, e confesso que demorei bastante a me adaptar. Finalmente o chute rasteiro com força existe e é bem gostoso de ser usado. Os cruzamentos estão menos “teleguiados” que no FIFA 14, fazendo com que os gols de cabeça sejam menos freqüentes. Porém, quando o cruzamento sai na medida, a cabeçada continua uma arma mortal. A engine está lá, sem sombra de dúvidas. Porém, nitidamente é uma engine em sua versão 2.0, aperfeiçoada, com mudanças que aparentemente são sutis, mas quem joga sabe o quanto isso interfere na forma de jogar e pensar o jogo.
O gráfico melhora e o Neymar continua feio
O gráfico do jogo realmente merece nota. Os estádios estão belíssimos, o jogo tem “clima” de Copa do Mundo, de verdade. Os técnicos foram recriados à perfeição, o que é sempre bacana pros amantes do esporte bretão. Os jogadores estão com visual bem próximo da realidade, passos a frente do FIFA 14. É possível ver o quão gigantes são as orelhas de Wayne Rooney e o quão feio é nosso craque Neymar. Isso é um grande passo em relação ao FIFA 14. Percebi pelo menos 15 a 20 animações e movimentos novos, fora o jogo de câmeras diferenciado, fato já presente no game da Copa anterior. E um novo comando (bobo) divertido está disponível: Na cobrança de pênalti, quem controla o goleiro pode agora “provocar” o adversário. Cada botão faz um movimento diferente, como “apontar o canto” pro cobrador ou gingar em cima da linha.
Resumo Final
Para quem gosta da série FIFA e de Copa do Mundo, o FIFA World Cup 2014 vale bastante à pena. Diferente do que muitos pensam, o jogo oferece boas mudanças de jogabilidade, trazendo uma nova experiência para o jogador. É verdade que em algumas versões anteriores do FIFA (principalmente a 13), a demo era bem diferente do jogo full. Mas se eles seguirem o básico dessa demo, o jogo já irá valer o dinheiro gasto. O jogo tem data de lançamento marcada para dia 15/04.