PlayStorm Indica #2 – Ni No Kuni: Wrath of the White Witch

Muita gente (eu incluso) sempre reclamou que os grandes jogos de RPG ficaram na geração 32-bits. Jogos como Final Fantasy VII, Chrono Trigger, Secret of Mana e Star Ocean estão na memória de todos nós, amantes desse gênero. Muitos, na geração passada (Xbox 360 e Playstation 3), citam Dragon Age como um jogo que agradou como RPG, mas faltava alguma coisa. Faltava.

O jogo foi lançado pela Bandai Namco no final de 2011 no Japão e chegando ao Ocidente somente em 2013. Ni No Kuni: Wrath of the White Witch veio para preencher esse vazio que os amantes do estilo JRPG sentiam. O game é exclusivo de PS3.

Ni No Kuni

O jogo

Visual de anime, personagens fantásticos e um mundo gigante a ser explorado. Ni No Kuni cativa desde o primeiro minuto. Tudo começa quando o protagonista Oliver, um garoto pacato de uma pequena cidade, tem sua vida completamente mudada devido a um incidente muito traumático (que, obviamente, não contarei aqui). Ocorrido o fato, Oliver desperta Mr. Drippy, uma “fada” que o guiará por um mundo de fantasias, o qual só pode ser salvo pelo coração puro do garoto. Em troca desta ajuda, Oliver poderia salvar alguém muito especial para ele no mundo real. E assim começa a jornada de Oliver pelo “Outro mundo” (ou Ni No Kuni, em japonês).

O gráfico do jogo (todo em cel-shading) é lindíssimo. Com cores vibrantes e ar infantil, cada cenário cativa o jogador, enchendo os olhos com muitas cores e brilhos. Oliver é puro e inocente, mas sem ser “tapado”, fazendo com que o jogador “compre” com facilidade a idéia do jogo. Aliás, os personagens do jogo são um caso a parte, cada um com um carisma bem acima da média. O enredo, bem sentimental e emocionante, te prende pelas longas horas de gameplay, que em momento algum é cansativo.

Familiars

Mas o grande destaque do jogo fica por conta dos familiars, criaturas que podem ser domadas, treinadas e domesticadas, cada uma com habilidades especiais, usadas por Oliver nos combates. Não se espante se passar horas e horas capturando, treinando e estudando as habilidades dos familiars. Com uma variedade surpreendente, essas criaturas acrescentam infinitas possibilidades ao jogador nas batalhas. Falando nisso, o sistema de batalha é complexo mas bem funcional. Nada que jogadores de RPG não estejam acostumados. A dificuldade do jogo aumenta gradativamente conforme se avança na história. Isso faz com que o jogador volte um pouco para treinar seus personagens, seus familiars e melhorar seu armamento.

A trilha sonora do jogo também merece destaque. O Studio Ghibli (empresa de animação japonesa) selecionou cuidadosamente temas orquestrados, todos muito emocionantes, que encaixam perfeitamente com o enredo do game. A cada cutscene (tanto em 3D, com o gráfico do jogo, quanto em anime), uma riqueza cinematográfica salta aos olhos do jogador, que em junção com os acordes certeiros da trilha, transformam a experiência do jogo em algo muito maior.

Ni No Kuni

Considerações finais

Feito com um cuidado típico oriental, Ni No Kuni é uma pérola num mar de RPG’s genéricos. Com seu enredo emocionante, personagens profundos e gráfico belíssimo, agrada em cheio quem ansiava por um game desse tipo desde os tempos dos 16 bits. Jogue sem medo e prepare-se para se emocionar.

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