Bem-vindos ao novo espaço do Playstorm, o Playstorm assiste. Aqui não vamos assistir ninguém, mas vamos falar bastante de séries e vez por outra de coisas da TV aberta.
Para inaugurarmos o nosso espaço, apresento-vos o review dos dois primeiros episódios da série que trouxe Jack Bauer de volta à vida: 24 horas – Live another Day!
#jackisback
Pois é, meus amigos, Jack voltou. Pra quem não sabe, Jack Bauer (Kiefer Sutherland) é o personagem principal da série de TV 24 horas, que foi ao ar pela primeira vez no final de 2001 e cujo enredo gira em torno das complexas tramas envolvendo o dia a dia da CTU, uma agência do governo responsável por identificar e combater ameaças terroristas. As temporadas tinham sempre 24 episódios – cada episódio equivalia a uma hora em tempo real dentro da série
Foram oito temporadas onde Jack defendeu Presidentes, foi acusado de traição, perdeu a mulher, foi exilado, apanhou, torturou, enfrentou o FBI e muito mais; Jack é o Chuck Norris com roupa de “Federal Agent”.
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Vamos agora ao primeiro episódio. Obviamente, por tratar-se de um review, fica o alerta de spoilers.
Antes de tudo é necessário entender o cenário com o qual estamos lidando: Passaram-se quatro anos, e muita coisa mudou. O Presidente Americano agora é James Heller (William Devane), figura já conhecida de Jack e pai de Audrey Heller (Kim Raver), a única namorada que Jack teve depois de ficar viúvo. Audrey agora é casada com Mark Boudreau (Tate Donovan), chefe de gabinete da presidência.
O Presidente sofre de uma doença degenerativa que está, aos poucos, comprometendo sua capacidade de memória. Mark, o genro, é o típico almofadinha; ele aparenta estar de olho nos deslizes do Mr. President, cheio de segundas intenções.
O estafe do presidente está em Londres para firmar um acordo junto ao Primeiro Ministro da Grã Bretanha: dar continuidade a uma colaboração mútua entre os países relacionada ao uso de drones; os drones são controlados por soldados americanos em bases militares britânicas. Nesse meio tempo, o escritório londrino da CIA divide suas atenções entre a visita presidencial e uma missão daquelas de fazer o responsável ser promovido no ato: a captura do homem mais fodástico, perigoso e procurado de todos os tempos: Jack Bauer.
Prisão de Bauer
O episódio começa com a prisão de Bauer, que ocorre de forma – aparentemente – muito fácil. A agente Kate Morgan (Yvonne Strahovski), recentemente realocada de agente de campo para o escritório (devido ao envolvimento de seu ex-marido com venda de segredos militares), logo percebe que Bauer está blefando.
O chefe do escritório da CIA, Steve Navarro (Benjamin Bratt) não dá à Kate o devido crédito e conduz o interrogatório de Bauer – que permanece o tempo todo (ou quase) imóvel e sem reações.
O que acontece é que Navarro, pelo jeito, não assistiu às temporadas anteriores de 24 horas. Bauer escapa facilmente do local, (depois de ser interrogado informalmente também por Kate) e revela suas reais intenções: resgatar a ex-hacker-foda-da-CTU Chloe O´brian (Mary Lynn Rajskub). Kate, a até então Bauer feminina, é demitida e reintegrada ao posto – para desespero do agente puxa tapetes Erik Ritter (Gbenga – ui, que nome – Akinnabge).
É óbvio que o chefe de gabinete da presidência (o genro chato) fica sabendo que Bauer está na área, e não poderíamos esperar outra coisa dele que não esconder o fato de Audrey e também do Presidente.
O episódio acaba com uma complicação digna de 24 horas: somos apresentados a um hacker que, sob ordens de uma tal Sra. Margot Al-Harazi (Michelle Fairley Stark), assume o controle de um dos drones e causa a morte de militares bretões, no Afeganistão. A bucha está feita: o som do relógio e as telas divididas mostram que a casa caiu e o episódio acabou!
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“Previously on twenty-four” – que saudade dessa frase!
No começo do segundo episódio descobrimos que Chloe faz parte de um grupo hacker que expõe segredos do governo. Tipo, ela é membro do Wikileaks, manja?
Depois de libertar a amiga, Jack diz que ela deve procurar um lugar seguro para se esconder. Obviamente que, momentos depois, Jack invade o Wikileaks e revela estar no encalço de um hacker, ex-membro do grupo, chamado Derek Yates (Joseph Millson). Jack chega todo machão e banca o envolvimento de Yates em um atentado à vida do Presidente americano, que deve ocorrer em solo britânico.
Obviamente que, a essa altura, a coisa entre Estados Unidos e Inglaterra azedou e o Presidente se vê pressionado a agir. Ele vai até o Primeiro Ministro para dar a notícia pessoalmente, mas chega tarde. Resolve então ensaiar uma fala para o Parlamento.
O almofadão-chato Mark continua pressionando Heller de maneira implacável: ao perceber que o Presidente esqueceu novamente detalhes durante o ensaio de seu discurso, reage enfurecido e faz com que ele, em situação de aparente humilhação, se retire da sala. Está feito o clima entre marido e ex-Srta. Bauer. Neste ínterim, Jack chega ao esconderijo de Yates e novamente tem o seu caminho atrapalhado pelo CIA; a agente Kate Morgan conseguiu rastrear o telefone de Bauer e Chloe e, por conseguinte, a localização de ambos. O tiroteio come solto e, mesmo escapando, a coisa termina de forma trágica para Yates.
O dispositivo controlador dos drones cai nas mãos da vilã Margot e a vida do Presidente continua ameaçada ao fim do episódio.
Reloginho de novo: o episódio 2 acabou!
Pitacos
Alguns personagens típicos em 24 horas acabam dando as caras, invariavelmente. Sempre temos o vilão que não é vilão, o mocinho que é vilão, o chato que era do bem, o transgressor das regras. Meus palpites para essa temporada:
- O chefe de gabinete é o típico vilão que, no final das contas, vai ser apenas um bom moço “chato”. Vamos passar a série toda odiando o cara e torcendo pela morte dele, mas no final ele vai se revelar apenas um chato bem intencionado, morto por alguém que jamais desconfiávamos;
- A agente Kate, com toda a certeza, será aliada de Jack em algum momento, isto está claro. Acho, inclusive, que Jack deve pegar ela em algum momento. De qualquer maneira, ela é a transgressora. Mas será que ela é do bem? Será que na verdade ela não está acobertando o marido ou não faz também parte da mesma rede de espionagem?
- Como ficará a relação de Jack e Chloe? Será que serão aliados até o fim? Será que Chloe não mudou de lado?
- Quem é Margot? Que relação ela tem com esse pano de fundo todo?
- Navarro vai perder a chefia do escritório da CIA para Kate? E o agente Ritter, como ele vai reagir – agora que estava prestes a ser promovido. Será que a ambição fala mais alto?
- Será que o Presidente não está fingindo os lapsos de memória com o intuito de desmascarar o genro? Será que ele não desconfia das intenções de seu chefe de gabinete?
A expectativa para os próximos episódios é grande. Não houve nada de significativo em relação ao formato – temos apenas mais uma ótima história.
Seja bem-vindo de volta, Jack!
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- 12 de maio de 2014