Não é de hoje que as grandes guerras mundiais rendem ótimos roteiros para o cinema. Filmes como O Resgate do Soldado Ryan ou A Lista de Schindler são verdadeiras obras primas. O Destino de Uma Nação não foge à regra. Porém, com uma grande diferença: Mostrar o lado humano de um grande líder, no caso, Winston Churchill.
“Com a Grã-Bretanha à beira de perder a guerra para a Alemanha, Winston Churchill sofre pressão para fazer um acordo com Hitler para estabelecer o estado como parte do território do Terceiro Reich, mas resiste à pressão.”
O outro lado da Guerra
Filmes sobre os conflitos decorrentes da Segunda Guerra Mundial são comuns. Temos dezenas de exemplos ao longo de todos esses anos. Obviamente, os que fogem dessa regra acabam se destacando. E é nessa formula que o diretor Joe Wright aposta. Focado no período do grande resgate à tropas britânicas em Dunquerque, Joe nos traz um Churchill humano, intempestivo e extremamente patriota. Mas sobre tudo, nos traz o homem por trás do primeiro-ministro.
O filme passa muito bem pela descontração da vida pessoal de Churchill, um rabugento de ótimo coração, até o primeiro-ministro de opiniões fortes, sem meias palavras e de extrema coragem. O roteiro não se isenta de mostrar toda a dificuldade que um país em iminente invasão passa, mas o traz sempre pela visão do protagonista. Com isso, nós como espectadores mergulhamos (e em muitos momentos torcemos) pelas decisões dele, mesmo sabendo que o filme trata de um evento histórico que conhecemos o desfecho (ou não né?).
Direção ótima, Gary Oldman brilhante!
Impossível falar do filme sem se render a brilhante interpretação de Gary Oldman. A voz, os trejeitos nos discursos inflamados diante do Parlamento, o olhar e toda a entrega do ator merecem destaque. Arrisco dizer quem é uma das atuações mais inspiradas da última década. Gary Oldman já é um veterano (com o perdão do trocadilho), mas parece não cansar de nos surpreender.
Sobre o trabalho da direção, destaco principalmente os planos contínuos e toda a fotografia do filme. Apesar de 80% do longa se passar em locais fechados, o filme acerta em cheio nos cortes e enquadramentos para ditar o ritmo das cenas. Alguns takes são dignos de um quadro, tamanha a profundidade captada. Vale ressaltar que toda a ambientação ajuda, mesmo que o foco do filme seja as pessoas à volta do personagem principal e suas interações.
O roteiro é simples e em alguns pontos, aparentemente raso. No começo, parece que teremos quase uma biografia do famoso primeiro-ministro, trajando pijamas e reclamando da vida. Mas tudo isso faz sentido conforme o filme se desenvolve. Por mergulhar fundo na pessoa de Churchill, Joe Wright não tem nenhum problema quando mostra a parte mais furiosa e até grosseira do personagem. Quando isso ocorre, o público já está completamente nas mãos dele.
O que achamos de O Destino de Uma Nação?
Um filme muito acima da média, com uma direção excelente e um protagonista fantástico. A figura de Churchill aliada a gigantesca atuação de Gary Oldman elevam o filme ao patamar da excelência, com facilidade. Merecidíssima indicação ao Oscar 2018 de melhor filme. E podem entregar a estatueta de melhor ator para Gary Oldman.
Ps: O filme trata, basicamente, dos bastidores da “Operação Dínamo”. Esta operação é a missão de resgate dos soldados de Dunquerque. Recomendo assistirem “Dunkirk” antes. A experiência é única.
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- Cinema & TV, Críticas
- 26 de fevereiro de 2018