Não é isso tudo #2: Avatar

Sim meus caros amigos, trago para vocês a segunda edição da mais nova série do PlayStorm. Sei que muitos leram o título e torceram o nariz. Claro, o filme dos gigantes azuis é um queridinho do grande público. Mas a verdade é uma só: Avatar é um filme overrated.

Roteiro manjado, shakespeariano demais, atuações medíocres e a mão pesada de James Cameron (no mal sentido, pois ele é um grande diretor) contribuem para o filme ser só um grande apanhado de belíssimos efeitos especiais.

Não é isso tudo #2: Avatar

Não é isso tudo

O filme se passa no distante ano de 2154 e trata de um conflito entre os humanos (exploradores) e os habitantes de Pandora, uma lua de um planeta gasoso fictício. Aquela velha história que remete ao período das grandes colonizações, naquele eterno ciclo de mostrar que o futuro repete o passado. E isso Cazuza já dizia na década de 80.

Para facilitar no trabalho de colonização, os humanos criam uma forma interessante (e nada inovadora, repito) de se misturar aos nativos (chamados Na’vis) da tal lua: Criar uma espécie de clone humano mas com “layout” dos habitantes nativos.

O humano entra numa espécie de capsula e sua mente é transportada para um avatar seu com visual Na’vi. Na teoria, isso facilitaria muito sua interação (e até entendimento) do local. Mas tudo vai por água abaixo quando um dos humanos se apaixona por uma nativa.

Vocês conhecem alguma história de Shakespeare sobre amor impossível devido a diferenças difíceis de serem contornadas, que no final acaba em tragédia? Sim, essa mesmo que vocês estão pensando. O cerne do filme gira em torno do casal, que vive num eterno conflito. O humano que tem a missão de destruir e roubar os recursos da raça a qual pertence sua paixão.

A Na’vi que tem que fazer de tudo para proteger seu povo e luta para não se apaixonar pelo seu algoz. Tudo extremamente batido. Sim, os efeitos especiais são coisa de outro mundo e os Oscars técnicos vencidos pelo longa fazem jus a isso. Mas é somente isso, nada mais do que isso.

Eu não tenho nada contra efeitos especiais, muito pelo contrário. Eles são sempre bem vindos principalmente em filmes de ficção científica. Mas um filme não pode se resumir a isso. Roteiro pobre e história batida nenhuma pode ser mascarada somente com isso. E me desculpe, mas o filme só fez todo esse sucesso por conta deles.

Resumo final

Avatar é um filme legal e só. Os efeitos especiais prendem o espectador. Porém, tiram a atenção da trama rasa e pouco inspirada, fazendo com que o filme se disfarce bem e passe como ótimo para olhos menos treinados. Tirando as centenas de milhões gastos com efeitos, temos um Romeu e Julieta interplanetário e nada mais.

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