Quando eu era moleque, lá em 1999, assistia a MTV praticamente todo dia. Então um clipe estreou e logo no inicio, um cara bem conhecido por mim na época (Rob Thomas, vocalista do Matchbox Twenty) apareceu e eu pensei que era o novo clipe da banda de rock. Só que um instrumento de percussão apareceu, uma música latina misturada com rock começou e um cara de boina, bigodinho estranho e mullet tocando uma guitarra, puxava a música que desde então, estaria sempre presente no meu set list por mais de uma década. É claro que só poderia estar falando de Santana, não é? A música em questão era Smooth, uma das inúmeras parcerias de Santana com outros músicos conhecidos.
Santana é uma banda americana formada por inúmeros músicos que acompanham o guitarrista e compositor mexicano Carlos Santana, um músico apaixonado e virtuoso, o responsável por difundir o rock latino no mundo. Um dos melhores guitarristas do mundo não poderia estar fora da lista dos Melhores discos de todos os tempos certo?
Mas Saulo, mas essa série sobre música não é para falar de um disco que você não teve contato? Toda essa empolgação? Pois é querido leitor. Por mais que Santana estivesse no meu set list permanente, Supernatural foi um disco que pouco ouvi (a não ser pela Smooth). E por estar na lista definitiva do Rock and Roll Hall of Fame, eu o escolhi.
Para escrever este artigo, curti cada segundo do álbum. E foi uma experiência fantástica, energética e inspiradora, como Santana e suas músicas são. Vou colocar algumas para você curtir o artigo comigo ok? 😉
O álbum
Supernatural é o décimo sétimo álbum de estúdio de Santana, gravado em 1999. Extremamente bem-sucedido, o álbum recebeu 15 discos de platina nos EUA e venceu oito Grammys. Incluindo o de melhor álbum do ano. Vendeu mais de 25 milhões de cópias em todo o mundo. E é tido como responsável por reanimar a carreira de Carlos Santana, líder da banda. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Supernatural entrou na parada Billboard Hot 200, da revista americana Billboard, na 19ª posição, em 3 de julho de 1999, porém chegou ao topo da parada, depois de 18 semanas, onde ficou por 12 semanas (não-consecutivas). O hit Smooth chegou à primeira posição da Billboard Hot 100, onde ficou por 12 semanas. O single seguinte, Maria Maria (que contava com a participação de The Product G&B), também ocupou a primeira posição da parada por 10 semanas. Santana e Rob Thomas ganharam dois Grammys por Smooth, enquanto Santana e Everlast ganharam outro pela canção Put Your Lights On. Alguns dos outros artistas que participaram do álbum são Eric Clapton, Eagle-Eye Cherry, Lauryn Hill, Dave Matthews, e Cee-Lo.
O álbum é simplesmente fantástico de ponta a ponta. Mas, além de Smooth, destaco Corazón Espinado com Maná e The Calling com Eric Clapton. Se nunca ouviu, faça um favor a você mesmo e ouça!
Um pouco de Carlos
Hoje com 66 anos, Santana continua empolgado como sempre. Seu próximo álbum, Corazón, chegará ao mercado em maio de 2014 e contará com uma faixa de Saideira com Samuel Rosa (Skank).
Em entrevista publicada no Estadão, em março de 2014, Santana, depois da morte recente de Paco de Lucía (guitarrista espanhol de flamenco) refletiu sobre o que resta de uma pessoa depois da morte: “Gostaria que, ao falarem sobre mim, as pessoas dissessem que ‘ele era um músico e uma pessoa inspiradora que nos fazia lembrar que também somos um raio de luz que não se pode apagar”. E falando de ser inspirador, para quem não sabe, Santana é devotado ao ativismo social e causas humanitárias. A Fundação Milagro foi originalmente criado por Carlos Santana e sua família em 1998. Concedeu mais de cinco milhões de dólares para programas sem fins lucrativos de apoio as crianças carentes e jovens nas áreas de artes, educação e saúde.
“Embora meu corpo tenha 66 anos, quando começo a tocar e emerge o amor, tenho 14”, diz ele, para quem “o espírito e a alma não têm idade e nem a reconhecem” e que, com o seu 23º álbum a ser lançado em seis de maio, retorna com ímpeto renovado.
“Ao produzir este disco (Corazón) tive uma vibração similar a quando fiz Supernatural (1999). Desde o início senti uma intensa frequência. E creio que será uma onda universal que chegará a todos”, garante o músico, lembrando um dos seus álbuns mais célebres, vencedor de nove Grammys.
Única coisa que posso fazer no momento é continuar curtindo Supernatural e torcer para que Corazón seja tão bom quanto!
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- Música
- 28 de abril de 2014