Sob a luz e poder das Joias do Infinito da Realidade e Espaço, dois super vilões, Ultron, do universo Marvel e Sigma, da Capcom, fundem os dois universos e se voltam contra todo tipo de vida orgânica. Resta aos heróis (e vilões) de ambos os mundos, formarem alianças e encontrarem as Joias remanescentes para deter os antagonistas. Esta é a premissa de Marvel vs. Capcom: Infinite, lançado em setembro de 2017 para PC, PlayStation 4 e Xbox One.
De um lado, e sentindo a ausência dos X-Men e Quarteto Fantástico (que não apareceram por motivos contratuais), temos alguns heróis como Capitão América, Homem de Ferro, Homem Aranha e até o temido Thanos. A Capcom trouxe Mega Man, Dante (de Devil May Cry), Ryu, Chun Li, entre outros. Ao todo, são 30 personagens… e isso é um problema. O jogo anterior contou com mais de 50 personagens. Ou seja, Marvel vs. Capcom: Infinite é mais um produto caça-niqueis da desenvolvedora.
Isso não tira o mérito do jogo em relação à diversão, mas sabemos antes mesmo do lançamento que em breve será anunciada uma versão Ultra-Mega-Ômega do jogo. Se o jogador quiser já disponibilizar alguns personagem no começo do jogo, é necessário comprar um passe que habilita Pantera Negra e Sigma, além de outros 4 personagens.
O enredo do jogo é simples, mas interessante. Ao formarem alianças, os heróis dos dois universos acabam interagindo bastante (ok, às vezes tem um “quê” de forçação de barra). É divertido ver uma conversa entre Rocket Raccoon e Chun Li, Capitão América liderando um grupo com Chris Reidfield (de Resident Evil) e Homem de Ferro ou mesmo a relação entre Ryu e Hulk (o personagem da Capcom é quase um mentor tentando ensinar ao gigante esmeralda como controlar a raiva).
O ponto forte de MvC:I é a jogabilidade. Agora os jogadores tem à disposição apenas dois personagens ao invés de três como nas versões anteriores. Além disso, fazer combos está muito mais simples, inclusive facilitando o link com o segundo personagem, mostrando o desejo da Capcom de aproximar jogadores casuais. É possível fazer um combo 8x apenas apertando o botão de soco. Isso pode incomodar alguns jogadores veteranos, mas acalmem-se! Você ainda poderá desferir inúmeros golpes e combos.
A cereja do bolo está na utilização das Jóias do Infinito, importantes para a estratégia de luta. Assim como os personagens, as Joias possuem uma barra de especial e duas habilidades disponíveis. Por exemplo, a habilidade simples da Joia do Tempo permite ao jogador desferir um dash para frente, enquanto a habilidade especial deixa o adversário em câmera lenta por um tempo limitado. Lembre-se de encaixa-las em sua estratégia!
Em relação aos gráficos, MvC:I incomoda bastante. Além de exageros, como Capitão América no melhor (ou pior) estilo Rob Liefeld, alguns personagens estão melhor trabalhados que outros. Detalhe: A Chun Li da versão demonstração era no mínimo estranha e eles consertaram a personagem para a versão final. A trilha sonora é sólida, mas as dublagens variam. Aliás, a voz do Homem de Ferro é IGUAL ao de Robert Downey Jr. e isso não é legal: O personagem destoa (e muito) do restante.
Conclusão
Apesar dos problemas, Marvel vs. Capcom: Infinite me divertiu. A interação entre os personagens beira ao clichê, com frases previsíveis e um tanto forçadas. Mas não é todo dia que vemos o Motoqueiro Fantasma em parceria com Dante, não é? É uma pena que vamos ter que esperar para ver uma versão completa do jogo.
*Agradecemos à Capcom pelo envio do jogo para análise.