Liga da Justiça

Sendo direto: Batman vs Superman – A Origem da Justiça foi pavoroso. Lembro até hoje como foi agoniante assistir um filme que não acabava (quando chegou na cena do Clark encontrando o Jonathan na montanha, eu já não aguentava mais). Decepcionado e preocupado com o futuro da franquia, acompanhei a produção de Liga da Justiça com um pé atrás. Alguns problemas no percurso, troca de diretor por problemas pessoais, refilmagens, Superman de bigodão e Ben Affleck falando sempre que não seria o Batman por muito tempo… bem, tudo isso me preocupou.

Apesar do ótimo filme solo da Mulher-Maravilha ter aliviado um pouco as coisas, ainda assim fui para o cinema com medo. No fim, a Liga da Justiça é um filme legal, mais leve, com seus problemas (sim!), mas divertido.

Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman, Bruce Wayne convoca sua nova aliada Diana Prince para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação da liga de heróis sem precedentes, poderá ser tarde demais para salvar o planeta de um catastrófico ataque.

Em ritmo acelerado

Acredito que o grande problema do filme seja o ritmo. Acelerado, cada cena que acontece, entra em um ritmo tão rápido que eu senti um desperdício de material. Os novos personagens como Aquaman e Flash, são apresentados em cenas que não passam de cinco minutos. Alguns pontos da história deles são apenas referenciados rapidamente (como por exemplo, o Flash citando um certo gorila, uma referência ao Grodd…). Bem, claramente o estúdio quer agilizar as coisas. E infelizmente, o está sendo contado ficou um pouco raso.

O filme é divertido, com boas cenas de ação (as Amazonas contra o Lobo da Estepe é demais!). E com certeza, o Flash é o melhor ali. Ezra Miller conseguiu trazer um Barry Allen divertido, em começo de carreira, inocente em relação à combater os inimigos comparado aos outros integrantes da Liga. As cenas dele, ao meu ver, são o que tem de melhor no filme.

O vilão, Lobo da Estepe, é visualmente diferente do que apareceu na cena pós-crédito de BvsS e a interação dele com Lex rendeu apenas algumas anotações que Bruce utilizou para entender melhor o perigo que estava chegando na Terra. Horrível. Quase do mesmo nível dos quatro integrantes da Liga aparecendo no notebook do morcegão, com seus logotipos prontos. Esperava um pouco mais do Lobo da Estepe, mas o ritmo do filme influenciou na hora de contar a história dele. E eu realmente queria entender como ele conseguia se teleportar para alguns locais junto com seu exército de Parademônios. De onde diabos vinha aquele portal e para onde ele ia?

Batman e Mulher-Maravilha, que foram os melhores personagens em BvsS, dessa vez foram mal utilizados. Todo o trabalho feito para a Amazona ser líder do grupo, se resume em uma cena perto do final, muito rasa. E o Homem-morcego me incomodou com algumas piadas e caras e bocas que me lembrou a atuação dele no péssimo Demolidor.

Enfim, Liga da Justiça tenta mudar o tom, em busca de acertos, mas ainda parece ter um longo caminho a percorrer. Você provavelmente vai se divertir, mas vá ao cinema despretensiosamente. E não saia nos créditos: O filme possui duas cenas (bem legais) após o final do filme.

Ah, sobre o Superman… bem, não posso falar muito sem dar spoilers. Então eu vou deixar a surpresa para vocês. Talvez eu não deveria ter ficado incomodado, mas o trabalho árduo e caro para retirar o bigode do ator, não foi nada bem executado…

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