Crítica | Sete minutos depois da meia-noite

Sete minutos depois da meia-noite ganhou um longa que teve sua estreia no dia 5 de janeiro. Da obra escrita pelo americano-britânico Patrick Ness, o filme narra a história de Conor O’Malley. Ele é um garoto de 13 anos que, apesar da pouca idade, está com muitos problemas na vida.

A adaptação cinematográfica é estrelada por Lewis Macdougall, Sigourney Weaver (Alien), Felicity Jones (Rogue One – Uma História Star Wars), Toby Kebbell (Black Mirror) e Liam Neeson (Busca Implacável), que dá voz ao Monstro. O roteiro foi escrito pelo próprio autor Patrick Ness. Sete minutos depois da meia-noite é uma história extraordinária. Fala sobre medo, perda e solidão. Mas também fala de amor, coragem, compaixão e esperança, essenciais para ultrapassá-los.

Dirigido por J.A. Bayona (O Impossível, O Orfanato). Sete Minutos Depois da Meia-Noite é um drama visualmente espetacular e emocionalmente cativante, baseado no premiado romance “O Chamado do Monstro”. O roteiro da adaptação para o cinema foi escrito pelo próprio autor, Patrick Ness, que escreveu o livro a partir de uma ideia original da escritora inglesa Siobhan Dowd, morta precocemente em 2007.

O garoto de 12 anos, Conor O’Malley (Lewis MacDougall) está prestes a entrar num mundo fantástico de monstros e contos de fadas. Conor tem que conviver com a doença de sua mãe (Felicity Jones). Ela o obriga a passar mais tempo com sua avó nada simpática e pouco acolhedora (Sigourney Weaver). Seu dia-a-dia na escola inglesa que frequenta é marcado pelo desinteresse em sala de aula e por bullying. Seu pai (Toby Kebbell) é transferido para trabalhar do outro lado do oceano, nos Estados Unidos. Conor anseia por algum tipo, qualquer que seja, de cuidado e orientação.

Conor convoca inesperadamente um improvável aliado, que irrompe com uma grandiosidade aterrorizante da abundante copa de uma árvore anciã e da fértil terra abaixo dela: uma criatura colossal de mais de 12 metros de altura que aparece uma noite na janela do quarto do garoto, precisamente às 00:07 – e nesse mesmo horário nas noites seguintes.

O Monstro (dublado e retratado por Liam Neeson) tem histórias para contar. E ele insiste para que Conor as ouça e as visualize em sua imaginação.

Os temores de Conor vão se dissipando nas criações da sua imaginação e, depois, em seu olhar voltado para si próprio – pois o Monstro determina que, assim que terminar de contar suas histórias para o garoto, será a hora de Conor contar a sua própria história para ele. Ancestral, selvagem e implacável, o Monstro torna-se o guia de Conor em uma jornada de coragem, fé e verdade.

“Você sabe que não é verdade – disse o Monstro – Você sabe que sua verdade, a verdade que você esconde, Conor O’Malley, é o que você mais teme.”

Sete minutos depois da meia-noite foi uma grata surpresa no início de 2017. Acompanhar a história de Conor e aos poucos compreender a verdade que o personagem esconde foi uma experiência chocante e ao mesmo tempo emocionante. Faz muito sentido para uma criança que está vivendo uma situação tão conturbada em sua vida.

As histórias contadas pelo Monstro são incrivelmente visuais, em belas ilustrações. E não só isso. O próprio Monstro é impecável e majestosamente recriado. Outro destaque vai para a trilha sonora. Composta por Fernando Velázquez ela consegue transmitir perfeitamente cada sensação, cada sentimento que os personagens querem transmitir.

Quando o filme terminou, eu só conseguia imaginar o quanto precisamos ser fortes para suportar jornadas tão difíceis e encontrar o fio de esperança para continuar a caminhar. Um tocante e belo filme!

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