A Fase 2 do Universo Cinematográfico da Marvel chegou ao fim com o lançamento de Homem-Formiga. Anunciado em 2013, o filme contava com a direção do britânico Edgar Wright (de Scott Pilgrim), que passou dez anos desenvolvendo a adaptação do super-herói. Mas por “diferenças criativas”, Wright abandonou o projeto e Peyton Reed (de Sim, Senhor) assumiu. Ainda assim, o tom de humor britânico (carregado no sarcasmo) continuou.
Em Homem-Formiga, Dr. Hank Pym (Michael Douglas), o inventor da Partícula Pym, uma fórmula que permite o encolhimento, anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross (Corey Stoll, de House of Cards e The Strain), consiga replicar o feito e vender a tecnologia. Depois de sair da cadeia, Scott Lang (Paul Rudd) está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer) e, principalmente, da filha Cassie. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano de Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.
Acredito que depois de Homem de Ferro 2 e 3, a Marvel precisava tomar mais cuidado com seus filmes solo. Após Vingadores, ficou bem complicado explicar porque não existe uma interação entre os heróis (como por exemplo, uma participação de Hulk em HF3 resolveria tudo, ou mesmo em Capitão América – O Soldado Invernal). Mas em Homem-Formiga, isso não é um problema (inclusive Scott brinca com isso) e tem uma explicação, ligada ao passado de Dr. Pym (a versão rejuvenescida de Michael Douglas ficou muito boa!).
Um dos grandes acertos do filme é Paul Rudd. Conhecido por seus papéis em comédias como O Virgem de 40 anos e O Âncora, Rudd consegue atuar muito bem no papel de alguém arrependido e em busca de redenção por sua filha (aliás, uma ótima atriz mirim). Ele consegue variar entre momentos sérios e engraçados, e de quebra “estraga” um dos únicos momentos comoventes do filme. Michael Douglas, com sua experiência incontestável, faz um ótimo mentor e passa segurança ao personagem.
Gostei muito da participação de Michael Peña que interpreta Luis, um amigo de prisão de Scott. Os diálogos dele contando a história do “amigo, do amigo, do amigo” são divertidíssimos! O filme conta também com a filha da Dr. Pym, Hope Van Dyne, vivida por Evangeline Lilly (de Lost e Hobbit), com muito potencial e pouco utilizada (por enquanto). O vilão, Darren Cross/Jaqueta Amarela, me lembrou muito Obadiah Stane/Monge de Ferro do primeiro Homem de Ferro, com praticamente as mesmas motivações, seja dinheiro ou ódio pelos nossos heróis (e careca também).
Durante quase duas horas de filme, fiquei com a sensação que Scott Lang/Homem-Formiga veio apenas para abrir espaço para sua participação no Universo Marvel e nos Vingadores, sem a preocupação de se aprofundar em sua origem. Live streaming of footy, cricket and horse racing can be followed https://clickmiamibeach.com/ anywhere in the world as well. E isso ficou muito claro na última cena pós-crédito (de duas). Mas um fato é que seu carisma é indiscutível. Talvez o grande problema do filme seja o abuso da “Partícula Marvel”, fórmula do estúdio para todos os seus filmes, que incomoda um pouco.
Homem-Formiga não chega a ousar como Guardiões da Galáxia, apresenta um roteiro raso e personagens que poderiam ser melhor utilizados. Ainda assim, mesmo não sendo excepcional, o filme é divertido e finaliza bem a segunda fase. Que aliás, começou péssima com Homem de Ferro 3. Muitos fãs do personagem ficaram com a formiga pulga atrás da orelha, pois nos quadrinhos, Hank Pym é um dos membros-fundadores dos Vingadores. Mas é possível dar um “joinha” para essa adaptação para o cinema.
Conclusão
Torço pelo personagem e que ele seja bem utilizado nos filmes. Seu carisma é bem vindo nessa expansão do universo. E é bom que teremos a oportunidade de ver o diminuto herói em Capitão América: Guerra Civil! Ah, o filme conta com referências à SHIELD, aos filmes anteriores e até aos Novos Vingadores. #CapitaoAmericaPiraNaReferencia
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- Cinema & TV, Críticas
- 17 de julho de 2015