DC dando a volta por cima, por Jonathan Miranda
“Quem acompanha os Stormcasts e matérias aqui do portal, sabe que eu sou muito crítico quando o assunto é cinema. Dificilmente eu me rendo totalmente a um longa. Acabo, involuntariamente, prestando atenção mais nos erros do que nos acertos da produção. Mas, e quando o filme simplesmente não erra em nada? Confesso que parece ousado eu falar isso, mas o filme da Mulher-Maravilha é uma aula de como se fazer um filme de herói para toda a família sem duvidar da sua inteligência.
O filme transcorre com uma coesão que poucas vezes eu vi em obras do gênero. Desde a origem da personagem até toda a descoberta de Diana, não existem percalços. O ritmo acelera e freia sem solavancos, as atuações são todas bem medidas, sem exageros. Os alívios cômicos são suaves, não deixando o filme com um ar mais “bobo”. O filme é sério, denso, pesado mas sem deixar de ser uma diversão familiar. Gal Gadot encanta em cada take, seja pela inocência de Diana ou pela força da heroína.
São tantos destaques que é injusto falar de um só, mas é impossível não se impressionar com os cortes certeiros de câmera. Desde as batalhas até as cenas mais “divinas”, o filme passa toda a mensagem sem precisar dizer uma única palavra. Isso somado a palheta de cores muito acertada faz com que o filme seja um deleite visual (e não só pela Gal Gadot).
Depois de tantos fracassos acumulados, a DC finalmente se redime e faz um filme espetacular. Confesso que fiquei realmente incrédulo quando o filme acabou, tamanha minha perplexidade. Para quem tinha como exemplo de filmes Batman vs Superman e Esquadrão Suicida, Mulher Maravilha pode ser considerado um marco zero. Se mantiverem a fórmula, a Marvel terá (e muito) com o que se preocupar.”
Mulher-Maravilha: Enfim!, por Saulo Martins
“A DC vem passando alguns perrengues no cinema. Isso é um fato. Talvez por estarem um tanto atrasados em relação à Marvel (que explorou as origens da maioria de seus super-heróis em filmes solo). Em Batman vs Superman – A Origem da Justiça, vimos de perto o desespero da empresa em adiantar a história: Um show de momentos desnecessários em um filme com 3 horas de duração. Isso sem contar o péssimo Esquadrão Suicida. Uma névoa sobre todos os vindouros filmes da DC surgiu. E então, Mulher-Maravilha foi anunciado.
Os primeiros minutos de filme são suficientes para acabar com a preocupação: Mulher-Maravilha é com certeza um dos melhores filmes de super-heróis já feito. A sua origem é explicada de forma tão agradável que é difícil não se encantar por tudo. Quando escrevi sobre a origem da Mulher-Maravilha, desejei que vários detalhes estivessem presentes no filme. E tudo estava lá: Não só a sua criação vinda do barro, seu treinamento, mas também a pureza de Diana ganha destaque ao longo do filme.
Quando ela decide enfrentar o problema que acontece fora da Ilha Paraíso, leva consigo a inocência de alguém que cresceu sem entender o mundo por completo (mesmo tendo lido muito sobre, o que rende alguns momentos bem engraçados). Além disso, Diana tem um senso de justiça tão puro e sincero, que eu acho que o sub-título ‘A Origem da Justiça’ deveria ter sido dela.
Tudo tem um bom tom, desde a ação até a comédia. Tudo é muito bem executado. Até o momento ‘amoroso’ do filme não extrapola nenhum limite. A sinergia entre Gal Gadot (Diana) e Chris Pine (Steve Trevor) é excelente e te faz acreditar muito nos dois. O restante do elenco está impecável! Destaque para a incrível trilha sonora e para o tema da Mulher-Maravilha.
Depois do sofrível BvsS, minhas esperanças com a DC foram ‘purificadas’ com a inocência dessa personagem forte e marcante. Um filme imperdível!”
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- Cinema & TV, Críticas
- 2 de junho de 2017