Capitão América e a luta pela liberdade perante ao controle do governo. Parece até que estou começando a falar novamente de Capitão América 2 – O Soldado Invernal. Claro, liberdade é sempre algo que vale a pena lutar, não é? Por isso eu sou Team Cap. 😛
Iniciando a Fase 3 do Universo Cinematográfico da Marvel, Capitão América – Guerra Civil chega aos cinemas com grande expectativa por, além de mostrar nos trailers que veio tomar o posto de melhor filme da Marvel até o momento, apresentar novos heróis como Homem Aranha (meu preferido da Marvel) e Pantera Negra. É impossível não se empolgar com esse filme!
O atual situação é complicada para os super heróis: São tempos de discórdia após o ataque de Ultron. Os Vingadores atravessam o pior momento, onde a opinião pública está dividida em relação aos super heróis após a batalha de Nova York (em Vingadores) e Washington (em Capitão América 2), e o incidente em Sokovia (Em Vingadores: Era de Ultron).
Em Capitão América: Guerra Civil vemos Steve Rogers (Chris Evans) liderando o recém-formado time de Vingadores em seus esforços continuados para proteger a humanidade. Mas, depois que um novo incidente envolvendo os Vingadores que resulta em dano colateral, a pressão política se levanta para instaurar um sistema de contagem liderado por um órgão governamental para supervisionar e dirigir a equipe.
O novo status quo divide os Vingadores, resultando em duas frentes: uma liderada por Steve Rogers e seu desejo de que os Vingadores permaneçam livres para defender a humanidade sem a interferência do governo e a outra seguindo a surpreendente decisão de Tony Stark (Robert Downey Jr.) em apoio à supervisão e contagem do governo.
Capitão América 3 tem direção dos irmãos Joe e Anthony Russo (responsáveis por Capitão América 2 e já confirmados como diretores de Vingadores: Guerra do Infinito Parte I e II), produção de Kevin Feige e elenco formado por Scarlett Johansson (Viúva Negra), Sebastian Stan (Soldado Invernal), Anthony Mackie (Falcão), Emily VanCamp (Agente 13), Don Cheadle (Máquina de Combate), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), Chadwick Boseman (Pantera Negra), Paul Bettany (Visão), Elizabeth Olsen (Feiticeira Escarlate), Paul Rudd (Homem-Formiga), Frank Grillo (Ossos Cruzados), William Hurt (General Thunderbolt) e Daniel Brühl (Barão Zemo).
A Guerra Civil foi uma saga da Marvel que apareceu em quase todas as revistas entre os anos 2006 e 2007. Quase 10 anos depois, a adaptação dessa saga chega aos cinemas. Obviamente é bem diferente do que aconteceu nas HQs, mas praticamente com sua essência.
A história gira em torno da amizade entre o Capitão e Bucky (mais conhecido agora como Soldado Invernal). Após os danos colaterais causados nos filmes anteriores e algo que acontece nesse filme (obviamente, não posso contar), o governo, na figura do Secretário de Estado Thaddeus E. “Thunderbolt” Ross (ou o sogro de Hulk – veja O Incrível Hulk), quer instaurar um sistema de supervisão dos super heróis. Enquanto o Homem de Ferro decide apoiar essa decisão, por se sentir culpado pelos danos causados pelos Vingadores, o Capitão América é contra o controle do governo pois influenciaria diretamente na liberdade de defender a humanidade. Isso, aliado ao desejo do Capitão em salvar seu amigo Bucky, o torna persona non grata. A caçada então começa.
O iminente confronto faz com que cada lado tente se fortalecer, convocando diversos super heróis para cada lado. Do lado do Capitão, vemos a primeira aparição do Homem Formiga após seu filme solo. Paul Rudd, que para mim é um excelente ator e encaixou muito bem como Scott Lang, é um alívio cômico sem ser exagerado, e nos presenteia com uma das melhores cenas do filme. Agora, o lado do Homem de Ferro tem os maiores destaques do filme: Pantera Negra e Homem Aranha. Enquanto o poderoso príncipe de Wakanda tem uma influência direta no enredo, o Homem Aranha rouba a cena quando aparece.
Eu estava preocupado com essa aparição e pela possibilidade de não tratarem bem o personagem. Mas os irmãos Russo já tinham provado anteriormente que conseguem apresentar novos personagem, sem perder o ritmo do filme. Tanto Peter Parker, quanto o Homem Aranha são tratados com o devido respeito de um personagem tão querido. Por mais que eu goste dos dois primeiros filmes com Toby Maguire, enfim temos um cabeça de teia muito parecido com o que vemos na HQ. Em torno de 30 minutos que ele aparece na tela, os holofotes são todos voltados para ele. Fiquei muito feliz com o que fizeram com o Homem Aranha!
Diferente da maioria dos filmes anteriores, CA – Guerra Civil se passa em diversas localidades, desde Wakanda (reino fictício na África e país do Pantera Negra) até Queens (um distrito de Manhattan). A fotografia do filme é fantástica, com um ótimo equilíbrio de cores e composição. Outro destaque vai para a trilha sonora, novamente composta por Henry Jackman (de CA2, X-Men: Primeira Classe e Kick Ass).
Mas claro, nem tudo são flores. Duas coisas me incomodaram um pouco. A primeira foi a presença do Barão Zemo que podia ter um aprofundamento melhor. É possível ver claramente sua motivação no enredo, mas a execução do seu papel ficou muito aquém do que poderia ser. Daniel Brühl é um ótimo ator com excelentes atuações como em Rush e Bastardos Inglórios, e poderia ter sido melhor utilizado. A segunda foi o final do filme. Eu esperava algo mais surpreendente no fechamento e menos raso. Mas não compromete o filme.
Conclusão
Capitão América – Guerra Civil conseguiu tirar de seu antecessor o posto de melhor filme da Marvel até o momento. Não existe exageros, com um humor em super bom tom e ação muito bem encaixada. A Marvel consegue provar algo que falei na crítica do CA2: “Sempre teremos filmes melhores com o tempo.” Acompanhando as expectativas na internet, eu vi muita gente falando que provavelmente esse filme daria sobrevida ao gênero. Eu vou além: Capitão América – Guerra Civil elevou a qualidade dos filmes da Marvel.
Nos vemos em breve em X-men: Apocalipse!
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- Cinema & TV, Críticas
- 30 de abril de 2016