BGS 2022 | Nossas impressões sobre o evento

Depois de longos dois anos sem ter evento com público, a BGS finalmente voltou. Com a promessa de ser a maior edição de todos os tempos, as expectativas estavam lá no alto.

O evento foi um sucesso absoluto de público, com presença de vários pro players de e-sports, streamers e influenciadores dos mais variados games. Porém, como todo grande evento, existem pontos positivos e negativos.

Nós do PlayStorm estivemos no evento e listamos abaixo os pontos positivos e negativos, segundo nossa avaliação.

BGS 2022 | Nossas impressões sobre o evento

Johny

O que curtiu:

Na minha opinião, um dos pontos mais fortes da BGS foi a interação dos estandes com o público. Cerca de 90% dos estandes tinham forte interação, seja com influenciadores convidados, palcos, quiz, plataformas para se jogar e coisas do tipo. O público dificilmente ficou entediado no evento e teve a oportunidade de conhecer de perto as web celebridades que acompanham. Isso certamente cria uma proximidade que “humaniza” o criador de conteúdo como uma pessoa acessível, assim como as pessoas que o assistem. E com a pandemia, muitos criadores ganharam notoriedade, cresceram seu público e foi a primeira vez que puderam interagir pessoalmente com eles. E a BGS fez isso com maestria e de forma muito organizada.

BGS 2022 | Nossas impressões sobre o evento

Outro ponto de destaque foi a programação do palco principal. De show de trap a showmatch de Valorant, teve de tudo. Para todos os públicos, de todos os gostos. Era um ponto não só para a galera sentar e relaxar, mas também curtir uma atração bacana, bem apresentada. Era um ótimo refresco para as filas entre um estande e outro (filas essas que tinham um tempo bem aceitável, vide o tamanho do evento).

O que não curtiu:

Um dos pontos que foi surpreendente (negativamente) foi a baixíssima (quase nula) presença de jogos novos triple A. Não vimos nada de novo na Sony e não tivemos estandes da Microsoft nem da Ubisoft, perdas muito significativas para a feira. Todas as novidades e grandes lançamentos ficaram por conta de periféricos, monitores e hardwares. São coisas bem bacanas, claro. Mas uma feira de games considerada a maior da América Latina deveria apresentar mais.

BGS 2022 | Nossas impressões sobre o evento

A ausência das duas grandes potências citadas acima é um termômetro de como o mercado enxerga a feira. As grandes publishers parecem não se importar em estar presente para mostrar novos jogos, talvez por terem a mesma impressão que nós: A feira cada vez mais se envereda pelo caminho dos gadgets e periféricos relacionados a games do que para os próprios games em si.

Caio

O que curtiu:

Gostei muito de ver a presença da Nintendo na BGS. O stand era enorme e tinha uma infinidade de jogos (novos e antigos) para todo mundo jogar. Apesar de algumas filas (normal na BGS), haviam vários consoles e o tempo de espera não era tão alto. E no final da jogatina, você ainda ganha um poster de algum jogo.

Além disso, era possível jogar Mario + Rabbids Sparks of Hope, que será lançado no final de Outubro deste ano. Depois de praticamente “abandonar” o Brasil em 2015, a Nintendo parece estar flertando novamente com o mercado brasileiro e pode ser que o futuro seja ainda melhor para os fãs da marca.

O que não curtiu:

Eu senti que a feira está se tornando cada vez mais geek e menos game.

Tivemos a presença de grandes players do mercado, mas o foco quase todo acaba sendo em periféricos, máquinas e outras marcas que, não estão no core do mundo gamer, mas que desejam criar relação com esse público: bebidas, comidas, carros, etc.

Apesar de ser a maior feira de games da América Latina, ela ainda não faz parte do calendário anual da indústria. Em outras palavras, as grandes produtoras não utilizam a BGS para fazer seus lançamentos, anúncios, apresentar trailers, etc. O que temos hoje em dia ainda é muito fraco nesse ponto.

Nada que tire o valor da feira. É um excelente ponto de encontro, e uma oportunidade enorme para muitas pessoas interagirem e conhecerem de perto novos produtos, jogos, influenciadores. Mas sinto falta de uma importância internacional da BGS nesse nível.

Saulo

O que curtiu:

Para mim, um dos pontos fortes da feira foi a área Indie. Esse ano, contou com um espaço maior para os desenvolvedores independentes. Destaque para o jogo ‘Farm your friends’, um jogo competitivo para até 8 jogadores, onde você é um fazendeiro que precisa defender suas plantações e/ou sabotar a fazenda do seu inimigo. Foi com certeza um dos jogos mais divertidos desse ano.

BGS 2022 | Nossas impressões sobre o evento

O stand da Nintendo também estava incrível, com muitas estações com jogos como Smash Bros., Zelda Breath of the Wild e Splatoon 3. Mas o jogo mais divertido para mim foi Mario Strikers: Battle League, que é basicamente o jogo de futebol do nosso querido bigodudo. Tudo bem, eu perdi a partida para o Johny, mas mesmo assim foi muito divertido. Ah, e também teve o anúncio do filme Super Mario Bros., divulgado durante o Nintendo Direct no primeiro dia de evento. Ver a empolgação e energia do público foi incrível.

O que não curtiu:

Esperava (MUITO) mais da Sony, que trouxe o maior stand da história da BGS. Porém, a lista de novidades era minúscula: Fifa 23 e Multiversus (que nem é tão recente assim), além de outros títulos com quase 2 anos de lançamento! Ok, até entendo que muitos não puderam testar o PlayStation 5 em um evento assim por conta da pandemia, mas esperava mais. Sem contar, o cartaz gigante de God of War Ragnarök que deu gatilho. Além disso, senti falta das produtoras com stands e grandes anúncios. Foi um evento muito mais focado em periféricos do que nos games em si.

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