Eu sou da turma que não liga tanto para gráficos (se eu me divertir bastante, claro). Mas quando Sundered foi anunciado, uma das coisas que eu mais esperava ver era exatamente a arte do jogo. Afinal Jotun, também do estúdio Thunder Lotus Games, é de cair o queixo. E para minha alegria, Sundered é sem dúvidas um dos jogos mais bonitos que eu joguei no ano.
Em um mundo em ruínas, dois grupos – Valkyries e Eschatons – entram em guerra para obter o poder de uma pedra misteriosa chamada Trapezoedro Brilhante. Seu conflito causou uma fenda na realidade, permitindo o derramamento da energia amaldiçoada Eldritch nas cavernas em que lutavam, transformando todos em monstros.
Centenas de anos depois, uma jovem chamada Eshe, acaba ficando presa no local e encontra o Trapezoedro. Cercada por criaturas malignas, ela luta para salvar sua sanidade ou aceitar a escuridão.
Sundered misturas dois sub-gêneros dos videogames baseados em ação e RPG: Metroidvania, que é inspirado nos conceitos de jogabilidade de Metroid e Castlevania, e Roguelike, que é caracterizado por geração aleatória de mapas e morte permanente (no caso, Sundered pode ser considerado Roguelike-like, por diferenciar um pouco do sub-gênero – o jogo não tem morte permanente).
No jogo, Eshe percorre um enorme mapa interconectado. Alguns níveis somente são acessíveis depois que a personagem adquire itens ou habilidades específica para prosseguir, típico do gênero Metroidvania. Então, explorar é necessário!
Você vai percorrer três diferentes regiões, lutar contra as hordas de monstros e acumular fragmentos que eles deixam cair. Cedo ou tarde, você vai morrer, mas não se preocupe! Isso é parte do processo.
Quando morre, você é transportado de volta ao Santuário onde você encontrou o Trapezoedro para gastar seus fragmentos acumulados em atualizações permanentes. Desta forma, cada vez que você morre, na verdade está ficando mais forte. O objetivo principal de cada região é desbloquear habilidades que permitem avançar mais e mais nas cavernas.
Embora a estrutura geral do mundo seja fixa, cada vez que você morre, as subseções se tornam aleatórias criando um fluxo diferente a cada vez que você retorna do Santuário. Além dos ambientes, os inimigos também são gerados aleatoriamente.
O jogo não é linear e a exploração é incentivada e recompensada. Os jogadores são livres para explorar as três regiões em qualquer ordem e não é preciso derrotar o chefe final de uma determinada região para prosseguir para a próxima. Mas algumas áreas são inatingíveis antes de descobrir a habilidade-chave para desbloqueá-las.
Falando em habilidade, o jogador pode decidir corromper opcionalmente cada uma das habilidades adquiridas em Sundered, transformando-as em uma versão mais poderosa. Porém, escolher abraçar a escuridão terá influência nos três possíveis finais do jogo.
Mas, claro, nem tudo é perfeito: O jogo pode se tornar monótono, principalmente porque o jogador explora alguns ambientes sem ter que enfrentar monstros, apenas quebrando objetos para adquirir fragmentos. Isso melhora com o passar do jogo, quando a evolução de Eshe torna os ambientes mais desafiadores, mas incomoda bastante no início do jogo.
Conclusão
Sundered é um belo jogo, de cair o queixo. Além dos belos gráficos desenhados à mão, a trilha e efeitos sonoros ajudam na imersão desse jogo épico e desafiador. Mesmo com alguns problemas durante a exploração, que pode ser monótona, Sundered é realmente um bom jogo.
*Sundered chega hoje, dia 28 de julho, às lojas para PlayStation 4 e PC. Realizamos nossa análise com a versão digital enviada pela Thunder Lotus Games.