Nos últimos anos, um artifício utilizado para prender a atenção de quem vai ao cinema e criar expectativa para os próximos filmes vem sendo usado e abusado, principalmente pelo Universo Cinematográfico da Marvel: as cenas pós-crédito. Mas o método (ou variações dele) não é novo, claro. Em 1963, após os créditos no filme Moscou contra 007, uma mensagem aparecia na tela dizendo “Not Quite the End. James Bond will return in the next Ian Fleming thriller, Goldfinger” (Não é bem o fim. All of us at BGO are dedicated to best casino for roulette in las vegas helping you win! James Bond retornará no próximo suspense de Ian Fleming, 007 contra Goldfinger“) e criava uma expectativa da mesma forma que as cenas fazem.
Algumas dessas cenas acabam não contribuindo muito para o filme (como em Thor: O Mundo Sombrio), enquanto outras complementam ou criam aquela “boa” expectativa (ainda usando a Marvel como exemplo, em Homem de Ferro e a “Iniciativa Vingadores”). Mas o cinema está cheio de outras ótimas cenas pós-crédito que não comprometem em nada o enredo do filme. E indo além, servem como homenagem ou um presente ao espectador que tem paciência de esperar todo o letreiro passar. Veja alguns exemplos:
Curtindo a Vida Adoidado
Um dos grandes clássicos dos anos 1980 tem seu encerramento com uma cena bem divertida. Ferris Bueller passa grande parte do filme falando diretamente com o público e não poderia terminar de forma diferente: Após os créditos, ele aparece na tela pedindo para o espectador ir embora!
O Enigma da Pirâmide
Professor Rathe, o vilão do jovem Sherlock Holmes, é dado como morto no final do filme. Durante a cena pós-crédito, uma figura misteriosa em um hotel assina seu nome, Moriarty (principal vilão de Holmes em sua fase adulta), no livro de hóspedes. A imagem corta para o rosto da figura, mostrando que Rathe na verdade não morreu.
A Morte do Demônio
Fazer um remake de um clássico como Evil Dead (1981) é bem arriscado. Fato é que A Morte do Demônio (2013), mesmo com inúmeras mudanças no enredo, não compromete e é um bom filme de terror. Mas a “cereja do bolo” ficou para a cena pós-crédito: Bruce Campbell, astro da série original, aparece de relance soltando seu famoso “groovy” (termo popular dos anos 60 que significa excelente ou incrível). A cena não tem ligação com o remake, mas foi uma grande homenagem ao original!
E não poderia deixar de colocar aqui a cena original e seu “Groovy”!
Super 8
Joe Lamb perdeu a mãe há pouco tempo, o que fez com que seu relacionamento com o pai se deteriorasse. Fã de cinema ele se diverte ao lado dos amigos ao tentar rodar um filme caseiro para participar de uma competição local. Joe logo se anima quando Charles convida Alice Dainard (a ótima Elle Fanning) para o elenco, já que está a fim dela. O grupo vai de madrugada rodar, às escondidas, uma cena na estação ferroviária local. É quando uma caminhonete se choca com um trem, provocando um descarrilhamento de grandes proporções. Logo o local está cercado pelo exército, que procura algo que estava alojado em um dos vagões. Estranhos desaparecimentos começam a acontecer na pequena cidade de Lillian, primeiro de motores de carro e depois de pessoas.
A diversão do grupo de amigos se torna um presente ao espectador: O diretor J. J. Abrams tem uma grande sacada ao mostrar o curta-metragem, produzido pelo grupo (inclusive com filmagens feitas durante o filme), na cena pós-crédito.
Mestres do Universo
Um clássico dos anos 1990, mencionado no StormCast #6 – Bons filmes ruins, é daqueles que marcam uma geração. Era para ser o filme do He-Man e acabou sendo uma triste adaptação do desenho. Mas o longa estrelado por Dolph Lundgren (He-Man) e Frank Langella (Esqueleto) tem uma célebre cena pós-crédito: O vilão não é derrotado assim tão facilmente, não é? (Provavelmente algumas crianças tiveram pesadelos com isso)
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- 13 de julho de 2015