Como falamos na matéria “Respeita o eSport“, os eventos que aconteceram ultimamente no mundo do e-Sports conseguiram ultrapassar a barreira do nicho da mídia especializada para atingir o grande público.
O cenário competitivo de MOBAs é um dos que mais premia hoje em dia: A Riot Games distribuirá pouco mais de US$ 2 milhões no Campeonato Mundial de League of Legends, enquanto a Valve distribuiu quase US$ 19 milhões no The International, o maior campeonato de DotA 2 do mundo.
Mesmo assim o preconceito é muito grande para com os cyber-atletas, que muitas vezes tem rotina de treino tão pesada ou maior que atletas de esportes “comuns”. Mas isso vem mudando aos poucos, e o e-Sports vem ganhando destaque e claramente está a caminho de entrar na arena dos esportes modernos. Podemos usar o exemplo de League of Legends. De acordo com a Riot Games, a maioria dos 116 times espalhados pelo mundo que participam de seus campeonatos possui uma peça chave para manter seus cyber-atletas em forma para as incansáveis batalhas: o treinador.
Basicamente o e-Sport é uma corrida com equipes que procuram sempre se desenvolver. Esta prática obriga um desenvolvimento contínuo deixando as equipes mais estagnadas caírem no esquecimento. Quando os jogadores são mais jovens, eles têm habilidades e hábitos que beneficiam o seu desempenho profissional. E quando amadurecem, esses hábitos se tornam cada vez mais desenvolvido. O trabalho de um atleta não constitui apenas no tempo que eles gastam jogando ou competindo. O tempo disponível do atleta para a equipe é de 24 horas. Os treinadores mais dedicados usam o tempo necessário no dia a fim de criar o melhor cenário possível para treinamentos que englobam descanso, dieta, exercício mental/física, recuperação, motivação, planejamento e desenvolvimento pessoal. Todas essas horas contam para o quão bem preparado e eficiente é um atleta. Negligenciar essa ideia com certeza deixará diversas equipes a alguns passos atrás no cenário competitivo.
O treinador é vital tanto para a equipe quanto para o individual. Ele desempenha um papel diferente de acordo com seus pontos fortes, como por exemplo, foco na análise de dados, estatísticas e estratégias. O principal propósito do treinador é promover a aprendizagem, apontando oportunidades de desenvolvimento e transformando o fracasso em experiência através de um planejamento cuidadoso, trabalhando tanto os pontos fortes quanto fracos dos jogadores. E é muito importante saber reagir ao interesse individual de cada jogador, dando prioridade ao time, acima de tudo.
Para concluir
O treinador deve ser capaz de oferecer algo que falta à organização da equipe. Com experiência e aptidão para induzir as mudanças necessárias. Para as impactantes e duradouras, o treinador precisa passar segurança. E principalmente motivar os jogadores a compreender a importância dessas mudanças para o progresso da equipe.
Foto da capa: paiN Gaming e seu treinador Gabriel “MiT” Souza durante o CBLOL 2015 (Fonte: LoLeSportsBR)
Material de apoio: Coaching in Esports: A Comprehensive Look por Robert Yip (BA, MA, CSCS)
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- 28 de setembro de 2015